Viemos para bater

“a história desses dois cabecilhas da politica local, de Vieira do Minho, o Padre Júlio, da Vila, e o Barroso, dos Anjos, o primeiro que junta mais de 500 homens, para vencer o seu adversário numa verdadeira batalha em campo aberto: o segundo, que lhe opõe 150, mas que eram a fina flor dos jogadores de pau, escolhidos por toda a região, até Montalegre, distribuindo-lhes braçadeiras vermelhas, para eles reconhecerem os demais da sua falange, na confusão da luta.

No dia da refrega, mediadores, receando o que seria o recontro, interpuseram-se e conseguiram que ele se não realizasse: pipos de vinho e vitelas assadas inteiras foram postos á descrição daquelas gentes.

Entretanto, chegavam os de Montalagre  – 20 homens chefiados por um amigo do Barroso – ignorantes da reconciliação: convidados a participar desse festim, ao perceberem o que se passara, recusam altivamente, dizendo que «tinham vindo para bater e não para comer»: e, metendo esporas aos cavalos, deram meia volta e voltaram para as suas terras.”

Festividades ciclicas em Portugal – 1984 – Hernesto Veiga de Oliveira

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