1º Aniversário da APJP – Encontro Inter-Escolas – Fundação Calouste Gulbenkian – 1978

Escola do Mestre António Portela (Abadim, Cabeceiras de Basto)

01 Escola do Mestre Portela (Abadim - Cabeceiras de Basto)
Jogo do pau – Escola do Mestre António Portela (Abadim – Cabeceiras de Basto) – 1978

Escola do Ateneu Comercial de Lisboa,  Mestre Pedro Ferreira

08 Jogo da Cruz do Meio
Jogo do pau -Escola do Ateneu Comercial de Lisboa,  Mestre Pedro Ferreira – 1978

02 Escola do ACL Sob a direccao do Mestre Pedro Ferreira
Jogo do pau -Escola do Ateneu Comercial de Lisboa,  Mestre Pedro Ferreira – 1978

Escola do Mestre José Quéo (Fafe)

03 Escola do Mestre Queo (Fafe)
Jogo do pau – Escola do Mestre José Quéo (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre José Quéo (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre José Quéo (Fafe) – 1978

Escola do Mestre José Ribeiro Chula (Vinha das Pedras, Alhos-Vedros)

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Jogo do pau – Escola do Mestre José Ribeiro Chula (Vinha das Pedras – Alhos-Vedros) – 1978

10 Escola do Mestre Jose Ribeiro Chula (Vinha das Pedras - Alhos Vedros)
Jogo do pau – Escola do Mestre José Ribeiro Chula (Vinha das Pedras – Alhos-Vedros) – 1978

09 Escola do Mestre José Ribeiro Chula (Vinha das Pedras - Alhos-Vedros)
Jogo do pau – Escola do Mestre José Ribeiro Chula (Vinha das Pedras – Alhos-Vedros) – 1978

Escola do Mestre Custódio das Neves (Lagameças, Poceirão, Palmela)

12 Escola do Mestre Custodio das Neves (Lagamecas - Porceirao - Palmela)
Jogo do pau – Escola do Mestre Custódio das Neves (Lagameças – Poceirão – Palmela) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Custódio das Neves (Lagameças – Poceirão – Palmela) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Custódio das Neves (Lagameças – Poceirão – Palmela) – 1978

Escola do Mestre António Moleiro (Fafe)

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jogo do pau – Escola do Mestre António Moleiro (Fafe) – 1978

14 Escola do Mestre Moleiro (Fafe)
jogo do pau – Escola do Mestre António Moleiro (Fafe) – 1978

Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe)

16 Escolas do Mestre Costa do Assento (Fafe)
Jogo do pau – Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe) – 1978

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Jogo do pau – Escola do Mestre Costa do Assento (Fafe) – 1978

O Jogo do Pau – Desportos Revista – 1983 (4/4)

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IMPORTÂNCIA DO JOGO DO PAU COMO ACTIVIDADE PSICO—MOTORA E SEU VALOR EDUCATIVO

Sob o ponto de vista de actividade de carácter psicológico,o jogo do pau encerra em si extraordinárias possibilidades, e da sua prática de carácter técnica se pode, desde já focar o desenvolvimento da coordenação motora; a alusão empírica dos antigos mestres de que «olho vê, o pé anda e o pau bate» refere uma atitude conjunta do aproveitamento dos recursos anatómicos e fisiológicos; a existência dum objecto exterior,cujo maneio implica grande destreza, envolve um melhoramento de capacidade de percepção e consequentemente, uma melhoria da própria consciência do corpo.

Os diferentes ritmos a que a prática sujeita, nos seus esquemas tradicionais de treino, são tema de situações e períodos de dispêndio de energia que se enquadram, quer no trabalho dito de endurance, aeróbico, entre as 120/140 pulsações/minuto e que se encontra nas execuções de aperfeiçoamento técnico, de intensidade moderada, quer no trabalho dito de resistência, anaeróbico, entre as 140/180pulsações/minuto, e que se encontram nos períodos de maior intensidade, caso de combate ou do treino mais intenso; desta forma se adquire também controlo respiratório e melhoria na capacidade de recuperação.

Da prática se desenvolve o equilíbrio dinâmico, o que se associa a correcção de hábitos posturais, bem como a relaxação, linhas mestras de eficácia de execução; há ainda que considerar que a execução, de um caracter rítmico, nos esquemas técnicos de base, correspondem a um melhoramento analítico dos movimentos, que, pela sua natural correcção, visto serem originados por respostas intuitivas às solicitações surgidas, virão a ser criadas durante o contra-jogo ou qualquer outro tipo de jogo; como em outra qualquer técnica de combate, nota-se um desenvolvimento aturado da percepção psico-cinética, elemento que, associado aos restantes, contribui para uma melhoria geral do esquema corporal.

No tocante ao desenvolvimento da potência o trabalho incide essencialmente na execução em velocidade, se bem que, com determinados intuitos específicos, haja vantagens na utilização de cargas superiores para aperfeiçoamento técnico.

Note-se que, não sendo o jogo do pau uma técnica de oposição directa, não é óbice o peso, a força, a idade, (caso corrente o jogador encontrar a sua melhor forma entre os 30 e 50 anos) ou o sexo: existem actualmente diversas raparigas a praticar principalmente na escola do Poceirão, (concelho de Palmela) do mestre Custódio Neves.

Não deve, no entanto, o jogo de pau deixar de estar inserido em esquemas de treino mais vastos, e consequentemente em simbiose com as leis da programação e metodologia de treino,que, sendo correctamente definidas, não vêm, como se verifica, dissocia-lo das suas características fundamentais.

Sob o plano psico-sociológico,o jogo de pau é de um extraordinário valor educativo, visto que é solicitado quer o esforço individual, quer em oposição a um ou mais adversários (treino,contra-jogo, jogo de um para dois, de um para três, do meio,etc.) quer em esforço coordenado com o de outros, em jogos de grupo contra grupos, jogo de quadrado, da cruz, etc. campos que reflectem os aspectos multi-facetados da sociedade em que vivemos, sendo ao mesmo tempo uma escola de desenvolvimento das qualidades pessoais e sociais. O carácter extraordinário de modalidade que busca o constante aperfeiçoamento, é corolário
daquilo que o jogo de pau representa como ARTE TRADICIONAL PORTUGUESA,que na sua pureza, traduz uma maior integração na cultura nacional, bem como a adeitação e manutenção de uma legítima herança.

É pois, necessário não deixar morrer esta arte, este desporto tipicamente nacional. A todos os bons portugueses se lança este alerta, muito especialmente aqueles que gostam de exercício físico em geral e também a todos aqueles que têm a cargo a difusão do desporto no nosso país.

O apoio tão necessário como merecido às escolas já existentes, a criação de novas escolas a nível nacional, a maior difusão da modalidade nas camadas jovens, a realização de encontros inter-escolas e regionais como também a criação bem orientada de um ambiente leal e desportivo pode ainda permitir e contribuir para que este jogo possa, sem perder o espírito bem português que o criou e o caracteriza, acompanhar a evolução dos tempos e ocupar na terra onde nasceu o lugar que bem merece.