O Varapau – Xanquim Lorenzo Fernandez 1959

O Autor cita Eça de Queiroz que fala no jogo do pau, e refere o seu uso em alguns pontos da Galiza. Descreve as principais características e serventia do varapau — flexibilidade e leveza, apoio de caminhantes, pastores, etc., e ainda arma de luta —. É precisamente este aspecto que o Autor salienta, descrevendo os preliminares do desafio e diferentes fases do jogo ou luta, posição dos jogadores, etc. O jogo do pau serve fins ora desportivos, ora de agressão. Relato vivo de uma luta entre dois portugueses que, «costas com costas», conseguiram pôr em debandada um grande número de feirantes, em Porqueiró (Galiza); de lutas contra lobos; etc. Qualidades essenciais ao bom jogador: agilidade, boa vista, reflexos rápidos, resistência física e serenidade e domínio de nervos. Notando o pouco uso do jogo do pau na Galiza conclui por uma origem portuguesa, introduzido via Vale do Lima.

  • Nota referente ao artigo em: “Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa.” Benjamim Pereira, 1965.

 

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O Varapau

por Xanquin Lorenzo Fernandez, de Orense, Espanha

Em  “O Comércio do Porto” 13 de Outubro de 1959

No romance de Eça de Queirós, “O crime do Padre Amaro”, encontrei uma frase que me fez lembrar algo já desaparecido nas terras do Sul da provincia de Orense, nas zonas limítrofes das Serras de Laboreiro e do Gerês. Diz esta frase: «Os homens do campo com os seus varapaus passavam para os dourados do sacrário ». Estes varapaus, outrora arma de ajuda, e hoje já esquecidos, usaram-se também nestas terras, e destes quero falar aqui. O varapau é um pau direito, de dois metros de comprimentos, limpo de ramos e de casaca. Um bom varapau, de acordo com a regra clássica que preside à sua escolha, quer-se mais alto do que quem o vai usar, e que «junte pé com ponta». A hipérbole assinala a necessidade de ter muita elasticidade, visto que quanto mais flexível ele for, mais jeitoso é o seu manejo. O varapau melhor e mais procurado é o de madeira de lodo ou lodeiro, bem direito, da mesma grossura em todo o seu comprimento, totalmente seco e com a sua superfície polida, para o que é primeiro raspada com a folha de uma faca ou de uma navalha, e em seguida com um pedaço de madeira dura. No cabo, a sua grossura deverá ser tal que se possa pegar jeitosamente com a mão, e o seu peso pequeno.

Este varapau era o companheiro dos moços rondadores, dos viandentes ao longo dos caminhos, dos pastores no cume das serras… O seu oficio era multíplice: no caminho, era uma ajuda, ora a subir as encostas, ora a desce-las, descansando-se nele o peso do corpo; quando um regato cortava a vereda, saltava-se por cima dele apoiando-se no varapau; o pastor no monte e o feirante na feira carregavam nele o seu gado, e quando era preciso afugentar o lobo , tanto em defesa própria como na do gado que lhe estava confiado.

Mas o varapau não era somente um apoio, sendo também uma arma para luta, e deu lugar a uma interessante forma de esgrima, que por aqui em Portugal era conhecida pelo nome de «jogo do pau», Esta luta tinha a sua técnica e as suas regras, que eram sempre cuidadosamente observadas.

Cumpre esclarecer que se podia «jogar o pau» com fins somente desportivos, mas que não eram poucas as vezes em que isso se fazia para agredir a outros ou para se defender deles.

Para se «jogar o pau», começavam-se pelo desafio: quando uma pessoa queria lutar com outra, fazia com o seu varapau um risco no chão: era o que se chamava «poñel-o risco», nome que se ampliou, equivalendo a valentia; por isso, diz a cantiga:

Santa Baía, vaia vaia,
E Meás é vaselisco;
Os mociños de Facõs
Son os que «poñem o risco».

O aceite do desafio por parte do rival consistia em pisar o risco: começava então a luta.

malhadinhas
«- ó rapazes, para cá deste risco mando eu; para fora, se quereis, mandais vós. Quem perdeu o amor à vida que entre – e Postei-me em posição de varrer.» – A cena de «o Malhadinhas», de Aquilino Riveiro, numa ilustração de Bernardo Marques, onde o uso do varapau é bem evidente.

Para se «jogar o pau», punham-se os lutadores frente a frente, com os respectivos varapaus seguros com as duas mãos pelo cabo, de tal jeito que a vara ficava em posição horizontal, dirigira para a direita do lutador. O jogo consistia em bater no adversário com o pau, e defender-se a tempo dos seus golpes. Quando a luta não era a valer, apenas se fazia como se fosse bater com o pau, mas sem descarregar o golpe, e a habilidade era o que conferia a vitória, embora geralmente se rematasse pelo cansaço de algum dos contendentes.

Contudo, o «jogo do pau» não tinha sempre este carácter desportivo. A luta era por vezes a sério, e rematava com a cabeça aberta de algum dos lutadores.

O «jogo do pau» requer uma série de condições, tanto por parte do jogador como pela do varapau; as deste já foram ditas: elasticidade e pouco peso são as principais. O lutador, pelo seu lado deve ser ágil, ter boa vista, reflexos instantâneos, e uma grande resistência física, assim como um bom domínio dos seus nervos, para se não deixar arrebatar, conservando-se sereno todo o tempo que seja preciso.

Nunca os homens destas terras foram amigos de armas de fogo nem de armas brancas, mas em troca usaram abundantemente os varapaus ou os seus cajados e mocas, mais modestos para derimir as suas divergências. Usaram-se, na verdade, a cardefia e a bisarma, mas tanto uma como a outra são mais ferramentas de trabalho, e somente de jeito ocasional se têm empregado como armas.

Em geral, a arma por excelência era o varapau; o rapaz tinha-se já por moço quando arranjava o seu varapau e ia de ronda com os outros: era uma coisa assim como ser armado cavaleiro. O varapau era o companheiro de todos os momentos, e por isso as romarias, as festas, e por vezes as feiras, rematavam sempre com pancadaria, em lutas entre moços de freguesias diferentes. Detalhe interessante: o varapau somente se largava da mão enquanto o moço estava com a moça na lareira da casa dela; então o pau ficava à porta, para indicar aos outros moços que nada tinham que fazer ali. A este costume responde a cantiga tão conhecida:

A tua porta, miniña,
Hai unha vara delgada;
Se non foras tan bonita,
Non eras tan deseada.

Quando em algum sítio se juntavam gentes de várias freguesias, era quase sempre certo que o ajuntamento se desfaria de jeito violento, pois não é sem vão que nesta terra se tem um tão forte sentido da freguesia. O galego não é de uma aldeia, nem de um concelho, nem de uma província: é de uma freguesia, e a quem não é dela, olha-se quase como a um inimigo. Esta rivalidade paroquial punha-se de manifesto nos aludidos ajuntamentos onde o varapau derimia as divergências.

Outas vezes, eram os moços de uma freguesia contra os que vinham rondar as suas moças, ou o desejo de se vingarem de alguma outra peleja ou qualquer motivo semelhante, que os bons «jogadores de pau» apriveitavam para mostrarem as suas habilidades.

A coisa começava aos berros de: – «Eu, carballeira! A quen me die un pau, doulle un peso!!». Em geral, a luta iniciava-se enfrentando-se por  parelhas, mas em pouco tempo cada qual dava onde lhe calhava, e a peleja perdia toda a organização. Por vezes, ela reduzia-se à luta dos respectivos campeões, enquanto que os respectivos bandos os acirravam para os encorajarem.

O varapau era sem dúvida uma arma eficaz. Bem jogado, punha nas mãos do seu dono grandes vantagens na luta. Afirmam-no bem alguns casos, que deixaram memória entre as gentes destas terras. Eis aqui um sucesso já de fins do século passado, mas  que ouvi narrar não há ainda muitos anos: Passou-se a coisa na feira de Porqueirós, feira de ano, em que se juntavam feirantes de toda a comarca e de fora dela. Os das diferentes freguesias iam com o seu gado e com os seus frutos, fazendo-se uma das melhores feiras da Galiza daquele tempo. Uma vez, ignora-se porquê, começou uma rixa entre os feirantes, e dois portugueses que, vizinhos moradores naquelas terras havia já tempos, acudiram a Porqueirós. A rixa assanhou-se, e chegou como sempre, a hora dos paus. Um dos portugueses, ao ver o perigo, berrou ao seu companheiro: – «Ó irmão! Junta costa com costa!!» –  Postos deste jeito, cada um com o seu varapau, defenderam-se os dois sozinhos dos que os atacavam. A luta, a julgar pela lembrança que deixou, deve ter sido épica. Durante muito tempo, mantiveram-se firmes, a despeito dos muitos atacantes; pouco a pouco, foram-se desfazendo dos adversários; uns, feridos, e outros acobardados, o triunfo quedou-lhes a eles, que, sozinhos, «desfizeram a feira». Tal era a superioridade que lhes dava a sua perícia em «jogar o pau»!

E também se conta de um moço de San Xés, que, de regresso da ronda, foi atacado pelos lobos, e, de costas contra um carvalho, defendeu-se toda a noite com um varapau, até que ao romper do dia a luz afugentou os lobos. E daquele moço de Grou, a quem os de Gaias conseguiram encontrar sozinho num caminho, e soube tão bem jogar o pau, que deu conta de todos. E muitos casos mais, que as gentes lembram, de feitos semelhantes, levados a bom fim com a ajuda do varapau.

No resto da Galiza desconheço tal arma. E assim, parece-me evidente que se trata de um instrumentos de origem portuguesa: o facto do seu emprego presente nas terras raianas, e não no resto da Galiza; o de ele se encontrar, pelo contrário, de uso muito corrente em Portugal; a nacionalidade dos seus mais famosos cultivadores – tenha-se em conta que o caso relatado de Porqueirós é um entre muitos – , bastam para nos mostrar.

E aqui vai um facto curioso: o varapau penetra na Galiza seguindo um velho caminho, o caminho que seguiram, num ou no outro sentido, muitos factos culturais que desde sempre estão em processo de intercâmbio entre Portugal e a Galiza, desde a cerâmica da Penha até ao varapau: o vale do rio Lima, esse rio que, nascido na Galiza, vai morrer em Portugal.

A eficácia dos velhos caminhos históricos continua ainda hoje tão viva como nos tempos que assinalam o começo das nossas respectivas culturas.

 

 

Jogo do pau – A origem do Ginásio Clube de Mafamude

Pode-se começar esta história da forma que eu me recordo de meus pais e avós me contarem histórias umas maravilhosas com personagens de sonho e encanto, enfim de adormecer, outras de recordar episódios passados e presentes, essas em média eram contadas a mesa, local privilegiado onde as famílias a hora sagrada da refeição, falavam e lembravam os seus, e os que já tinham partido para o Pai.

Pois bem, também vou contar uma história, para ser mais exacto, resumir a história do Ginásio Clube de Mafamude e falar dos homens que do nada e do muito pouco que possuíam, deixaram-nos este legado que é o Ginásio Clube de Mafamude.

Tudo começa no mês de Agosto de 1931.

Um grupo de homens de raiz popular, operários e lavradores de Gaia, adeptos e cultores do Jogo do Pau, reúnem-se diariamente no Largo da Feira (Largo de Estevão Torres) num, dos muitos bancos de pedra que existiam, e decidem delinear a base de constituição de um Grupo Popular que cultivasse o Jogo do Pau e o ensinasse às gerações mais novas para que os vindouros soubessem da existência desta arte de defesa pessoal.

Estava encontrada a vontade de se criar o grupo, faltava escolher o local. Por sorte nossa foi escolhida a Freguesia de Mafamude como sede do Grupo.

À cabeça da iniciativa, e segundo algumas fontes ainda vivas que o relatam, é o Mestre Beirão quem lidera o processo. Francisco Pereira é o Mestre Beirão, mestre na antiga fábrica de cerâmica do Carvalhido: é um homem possante, de uma boa constituição física, é um dos mentores e mestre do Jogo do Pau. È secundado pelo Armindo Cabreiro e o Neca Salsa ambos do lugar do Agueiro. Também o António Carmo, policia sinaleiro no PORTO, o Mário Cruz de Cravel e o Belmiro Ferreira tipógrafo da Rasa de Baixo.

O Neca Saraiva tipógrafo a trabalhar na Casa do Povo no Porto, é o cérebro desta organização, que agora vai dar os primeiros passos. È este homem que tem por missão tratar de toda a burocracia inerente à constituição do futuro GINÁSIO CLUBE DE MAFAMUDE.

Deste modo, e graças ao trabalho destes e de outros homens em Setembro de 1931 é criado um novo clube em Vila Nova de Gaia. Tinha nascido o Ginásio Clube de Mafamude, clube vocacionado para a pratica e ensino do Jogo do Pau. Em 1933 é feito o pedido pelo Presidente Sr. Francisco Pereira para a legalização do Ginásio Clube de Mafamude junto do Governo Civil do Porto, pedido com a data de 22 de Fevereiro do ano de 1933, sendo-lhe concedida a autorização pretendida. Encontra-se este documento no Livro de Portas do Governo Civil do Porto com o nº 7419.

A prática, treino e local de estar é a loja do PINTO, um barracão nas traseiras de um estabelecimento que se encontrava na junção da Rua do Telhado e Rua Soares dos Reis. È a sede do Ginásio Clube de Mafamude, uma construção precária, mas que servia os intentos deste jovem criado Clube.

Com o tempo este grupo de jogadores do pau foi-se enraizando no local, as demonstrações desta arte de defesa pessoal foram-se sucedendo, os diversos locais por onde estes praticantes do Jogo do Pau vão passando e se exibindo, deixando os espectadores com vontade de praticarem esta arte, e encantados com a beleza e destreza deste jogo.

Foi tal a fama destes jogadores do Pau que por intermédio do Diplomata Português Sr. Mário Duarte, que, os jogadores do pau do Ginásio Clube de Mafamude tiveram a honra de serem chamados a deslocarem-se a Cidade de LA GUARDIA na festa de inauguração do campo de futebol, onde teve lugar um jogo de futebol entre as equipas do Celta de Vigo e o Real Espanhol de Barcelona, jogo precedido de uma exibição do jogo do pau.

A loja do Pinto desaparece e em 26 de Março do Ano de 1949 é feito um contrato de arrendamento com a extinta firma Bosch & Baylina de um salão de festas com entrada pela Rua do Telhado N.º 265 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. (…)

– O Ginásio Clube de Mafamude deixou de ter jogo do pau, mas continuou a suportar muitas outras actividades, no entanto fica aque o registo da sua origem, nascido pelas mãos de jogadores de pau.

recolhido de: http://gcm.blogs.sapo.pt/arquivo/2006_01.html

Mestre António Pereira Penela

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Um valoroso nome nortenho.

Teve escola na cidade do Porto onde leccionou bastante durante alguns anos.

Foi mestre do antigo cavaleiro tauromático Carlos Relvas, nas suas propriedades no Ribatejo.

Mestre António Pereira Penéla nasceu em 19 de Fevereiro de 1813 e faleceu em 1908 com 70 anos de idade.


“Jogo do pau (Esgrima Nacional)”, António Nunes Caçador, 1963

Alguns apontamentos da História do jogo do pau no Porto

Num livro da década de 40 “Arnaldo Leite, querendo criticar os conterrâneos do seu tempo por se considerarem desportistas quando só cuidavam de assistir aos jogos do seu clube e a discutir futebol, afirmava que(…) já no Porto de 1900 se verificava a prática da natação, da esgrima, da ginástica, do jogo do pau, do remo, do ciclismo, etc.” *1

Praticantes conhecidos temos João Quinteiro – Fundador do Centro do Jogo do Pau do Norte, considerado por alguns, o maior jogador do nosso País da sua altura.

“Na cidade do Porto, onde o «mestre» João Quinteiro fundou o «Centro do Jogo do Pau do Norte» e formou um grupo de jogadores com quem seguidamente percorreu as províncias do Minho e Douro, disputando assaltos de competição.” *2

“Nunca foi feita uma homenagem a qualquer um dos jogadores de pau do nosso concelho e nunca nos deram a conhecer. O João Quinteiro foi para mim o maior jogador do nosso País.” *3

O Carvalho, que pela sua bravura, inspirou honra no coração dos seus próprios adversários.

“Um grande jogador do Porto, o Carvalho, feirante de gado, que na «feira dos 26» em Angeja, perto de Aveiro, depois de se ter aguentado sozinho contra todos os que ali se encontravam coligados, tropeçou e caiu ao chão; então o mais forte dos seus adversários saltou para cima dele em sua defesa, intimando os demais a não tocarem no valente, sob pena de terem de se haver com ele” *2

Um praticante de renome foi “António Nicolau de Almeida nasceu no ano de 1873 tendo falecido em 1948. Foi o fundador e o primeiro presidente do Futebol Clube do Porto.
Junto com o seu pai, era sócio de uma empresa exportadora de Vinho do Porto e assumido «sports-man», praticante do portuguesíssimo jogo do pau (no velo Clube do Porto), do remo e da natação.”

Também no Orfeão Universitário do Porto se praticou o jogo do pau, tradição que se tentou recuperar nos anos 80, mas que infelizmente resta agora em uma simples memória, como um grupo desactivado. *4

Vila Nova de Gaia não ficou atrás e criou também fama no jogo do pau, em particular sabemos do Clube de Mafamude em que “Francisco Pereira é o Mestre Beirão, mestre na antiga fábrica de cerâmica do Carvalhido: é um homem possante, de uma boa constituição física, é um dos mentores e mestre do Jogo do Pau (Francisco Pereira foi já por si, aluno de outro mestre do Porto, o Mestre António Pereira Penela). É secundado por Armindo Cabreiro e o Neca Salsa ambos do lugar do Agueiro, em Vila Nova de Gaia. Também, António Carmo, policia sinaleiro na cidade do Porto, Mário Cruz de Cravel e Belmiro Ferreira, tipógrafo, morador da Rasa de Baixo.

Deste modo, e graças ao trabalho destes e de outros homens, em Setembro de 1931 é criado um novo clube em Vila Nova de Gaia. Tinha então nascido o Ginásio Clube de Mafamude, clube vocacionado para a prática e ensino do Jogo do Pau.

Com o tempo este grupo de jogadores do pau foi-se enraizando no local, as demonstrações desta arte de defesa pessoal foram-se sucedendo, os diversos locais por onde estes praticantes do Jogo do Pau vão passando e se exibindo, deixando os espectadores com vontade de praticarem esta arte, e encantados com a beleza e destreza deste jogo.

Foi tal a fama destes jogadores do Pau que por intermédio do diplomata português, Sr. Mário Duarte, que os jogadores do pau do Ginásio Clube de Mafamude tiveram a honra de serem chamados a deslocarem-se a cidade de La Guardia na festa de inauguração do campo de futebol, onde teve lugar um jogo de futebol entre as equipas do Celta de Vigo e o Real Espanhol de Barcelona, jogo precedido de uma exibição do Jogo do Pau.” *5

Este grupo continuou activo a fazer demonstrações pelo menos até 2006.

Não só na arte marcial do varapau o Porto fez história, também na literatura, grandes escritores portuenses utilizaram esta arte de combate que fazia parte da sua cultura, para enriquecer as suas obras, como por exemplo Arnaldo Gama, Alberto Pimentel e Júlio Dinis.

Nota: estes apontamentos, estando longe de estar completos, são simples recolhas de conteúdos disponíveis online, longe de uma pesquisa profunda que poderá ser feita.

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1- “As actividades desportivas no Porto de 1900” – José V. Ferreira, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, Portugal
2- O JOGO DO PAU EM PORTUGAL – Ernesto Veiga de Oliveira – “Festividades Ciclicas em Portugal” 1984
3- http://terrasbouro.blogspot.pt/2009/12/o-tradicional-vai-morrendo-aos-poucos.html
4- http://www.orfeao.up.pt/?menu=orfeao&orfeao=grp_desactivados&grupo=jogo_pauhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Orfe%C3%A3o_Universit%C3%A1rio_do_Porto
5- http://ginasioclubemafamude.webnode.pt/historia